Prof. Claudio Magalhães
Essa pesquisa aplica a experimentação à forma, gerando resultados até então não pensados durante o proesso de produção de produtos.
A maior parte dos produtos vem evoluindo de forma incremental a partir de um processo de design convencional (PUGH, 1990). Um dos aspectos deste processo é a divisão entre o espaço do problema e o espaço da solução. Pode ser dito que esta divisão caracterizaria um projeto, ou seja, a solução surge de um problema pré-definido e anteriormente analisado.
Algumas propostas, como por exemplo, a engenharia simultânea, questiona a eficiência desta seqüencialidade e propõe uma maior sobreposição das etapas do processo de projeto como meio para reduzir tempo e recursos. Outros autores defendem a contextualização do método ao projeto (BAXTER, 1995, PMBok, 1996). Desta forma, contextos dinâmicos ou produtos inovadores exigiriam processos com maior sobreposição entre o espaço do problema e da solução em um projeto (IANSIT, 1995). Em uma situação extrema, em projetos altamente inovadores, ligados a estratégias de previsão do futuro, esta seqüência pode ser invertida.
Partindo de experimentações e soluções, algumas empresas de ponta questionam suas estratégias, redirecionam conhecimentos e capacitações tecnológicas a partir concepções de produtos (Philips Corporate Design, 1996). Desassociam o projeto de um problema específico pré-determinado, porém o relacionam com algum aspecto que caracteriza seu ambiente de negócios, seus recursos ou com seu contexto futuro de atuação. No entanto, a maioria das empresas encontra muitas justificativas para manter suas estratégias e processos de desenvolvimento dentro de parâmetros conhecidos e muitas vezes também utilizando processos reativos, até mesmo optando pela cópia como estratégia de desenvolvimento de produtos.
Princípios Criativos
É a coleta de todas as informações disponíveis sobre o problema, até que o mesmo fique completamente entendido e familiarizado. Explore, expanda e defina o problema. Levante todas as soluções existentes.
" Pensar somente nas idéias deixando as restrições práticas para uma etapa posterior. "
Redução do problema
Examine os componentes, características e funções do problema, tentando resolvê-lo, modificando uma ou mais dessas características
Expansão do problema
Essa técnica procura alargar as perspectivas do problema, abrindo um amplo leque de possíveis soluções. Não se restringe ao produto existente.
Digressão do problema
Procure fugir do domínio imediato do problema, usando pensamento lateral. Outra maneira é partir de algo completamente diferente, para ir se aproximando do problema, como forma de fugir das soluções convencionais.
Se faz necessário ter uma especificação do problema que oriente a escolha da melhor alternativa. É nesse estágio que as idéias devem ser expandidas, desenvolvidas e combinadas para se aproximar cada vez mais da solução ideal. Considere tanto os bons como os maus aspectos de todas as idéias e combine as idéias aproveitando as partes boas de cada uma.
É importante fazer avaliações contínuas do processo criativo, para a introdução de melhorias e correção dos eventuais desvios.
Nesse projeto, na fase da seleção de idéias usamos a analogia como ferramenta.
" Analogia é uma forma de raciocínio, em que as propriedades de um objeto são transferidas para um outro objeto diferente, mas com certas propriedades em comum " (BAXTER, 1995)
Sendo assim, a partir dos modelos produzidos verificamos em sua forma que produtos poderiam ser produzidos com o mesmo principio de transformação da chapa.